Eu, a MulhersemCabo e a Paparazzi (amiga da Mulhersemcabo cheia de genica, de nome Alex) fizemo-nos à estrada no último dia do ano passado rumo à Figueira da Foz, onde nos esperava a Gosthi numa casa quente, com mesa farta, música e boa-disposição.A chuva e o nevoeiro não nos assustaram e só se parou em bomba de gasolina para abastecer o rodinhas e certificarmo-nos que levavamos bebidas espirituosas suficientes (pelo menos das que mais gostavamos).
Como seria de esperar perdemo-nos logo logo na 1ª rotunda mal chegamos à Figueira... mas sem alarmes e 5 minutos depois e uma longa chamada telefónica encontramos o caminho, o local, lugar para estacionar, despejamos o carro e fizemo-nos à vida na última noite do ano.
Tudo corria bem, o Gin Tónico e o Vodka aqueciam os co(r)pos e os ânimos também... começou a parvalheira e ainda éramos só 4. A música não saía dos anos 80, os cabelos esvoaçavam e eu corria ora da cozinha para a sala ora da sala para a cozinha sempre com um novo antigo hit na memória para deixar nas colunas a bombar.
Entre o lavar da alface, o cortar do presunto (NÃO aceito reclamações), o encher este pratinho e aquela cesta, o roubar os cuzinhos à broa e tentar não baralhar a cozinheira que fez bacalhau para os comensais e restantes condóminos (acho que ainda hoje se come bacalhau com natas naquela casa) e o chegar das últimas hostes... as horas foram passando...
Degustou-se o caldo verde e o bacalhau com natas (não houve necessidade de emborcar um copo com eno ou de mastigar rennie) durante uma sessão de fotos aparvalhada onde tive o cuidado de nunca ficar às escuras.
Depois decidimos 'ah e tal vamos vestir qualquer coisita mais alusiva à festividade' e foi assim que passamos a meia-noite enfiadas no quarto, com a Gosthi sentada na cama, a Mulhersemcabo a fazer um risco num dos olhos da Gosthi com kohl, a Alex a rir encostada à almofada e eu a dizer 'já é meia-noite, deixa lá o risco para depois e vamos abrir o champanhe'.
Demoramos uns bons 5 minutos para conseguir sair de casa, levava comigo taças de champanhe (também conhecidas como taças de sobremesa) numa mão e o Champanhe de gajas (rosa) semi-congelado debaixo do outro braço.
Fomos para o terraço...
A rolha deu luta, o frio erregelava-me os dedos e lá para o fim até as mangas da minha camisolinha provaram o champanhe para gajas.
Pedimos tudo a que tínhamos direito: sexo, saúde, sexo, dinheiro, sexo, trabalho (se possível lá nos estrangeiros), sexo, e mais momentos juntos, e por último mas não o último SEXO!
Se estava frio, não sentimos. O fogo de artifício até foi bonito. E a Alex não parou de tirar fotos.
Voltamos para casa... atacamos as sobremesas...
A Gosthi e a Mulhersemcabo resolveram mostrar as pernas ao povo... Eu cá não, que não sou dessas poucas vergonhices...
O povo enlouqueceu (éramos 7 mas os suficientes)
Resolvemos sair (depois de se ter terminado o dito risco no dito olho). Fomos andar pelas ruas povoadas de projectos de adultos, fugindo às gotas de chuva e às poças no chão.
Mais uma dose de anos 80 e semelhantes na disco.
Eu e a vodka preta, a Gosthi e a vodka (que se dane a cor), a Mulhersemcabo e a Alex e o sono, eu e a Gosthi a catrapiscar o barman (vá lá tivemos direito a duas garrafinhas de água - forreta!), a amiga da Gosthi que de repente despertou, os moçoilos sentados a olhar a multidão.
Lá acabou a noite cedo, cedinho (5 da matina para uns, 8 para outros). No regresso a casa passar pela serra e ver a vista enevoada.Chegar a casa e comer broa com requeijão e marmelada e beber leitinho quente... que a garganta e o estomago pediam... encher o colchão para ter onde dormir, tentar dormir ao lado de duas galinhas sem sono que contavam anedotas e ameaça-las "ou vocês se calam ou nunca mais poem ovos" (não foi bem assim mas parecido)
E vocês... entraram em 2009?
