terça-feira, 27 de maio de 2008

Eu fui ver a Cat Power...


Meus amigos.
De tanto falar na Cat Power, aqui e na revista, tinha que ir ao concerto, que foi ainda há pouco. Acabei de chegar do Coliseu dos Recreios. E estou impressionada.
Há pessoas com uma imensa capacidade de sedução. E ela é uma delas... A Cat (Chan Marshall de seu verdadeiro nome) tem mesmo uma voz inebriante. Rouca, bonita e até os desafinanços lhe caem bem... O Coliseu estava esgotado e eis outra coisa impressionante. As vendas dela em Portugal são residuais. A música dela é mesmo alternativa, uma mistura de blues, country e pop nada dada a grandes badalações FM (exceptuando a famosa The Greatest, bastante comercial).
Mesmo assim, ela encheu o Coliseu (já fizera o mesmo na Aula Magna em 2006), que, no final, a aplaudiu de pé, os tugas a babarem-se com a jovem... Ela nem fez encore. Limitou-se a ficar no palco imenso tempo, a ser aplaudida, a aplaudir, a mandar beijinhos e flores (a recebê-las também)... Enfim. Uma infindável lamechice mútua entre a Cat e os portugueses. O concerto nem foi nada de mais (o som tava péssimo), mas mesmo assim, quando a Cat mia, a áurea dela fica mesmo poderosa... Será do perfume que usa? Do charme da franja?

Conclusão. Quem conhece a Cat, conhece-a da net, tal como aconteceu comigo, embora agora já tenha os dois últimos discos. E, a partir nasce este fenómeno estranho: Não vende quase nada, a distribuidora dela em Portugal é uma micro-distribuidora, mas enche o Coliseu dos Recreios (acontecerá o mesmo dia 28 no Coliseu do Porto?) que se rende a seus pés...
Sinal dos tempos.
São assim os novos tempos para os artistas, dizem-me os entendidos. Num tempo em que devido aos downloads e cópias ilegais poucos discos se vendem, a verdade é que também nunca se ouviu tanta música como hoje.
Os artistas é que, para sobreviver, têm de fazer dinheiro suando nos concertos. Que, por acaso também não estão nada baratos (para ouvir a Cat os bilhetes custavam entre 20 e 40 euros). No entanto, na maior parte dos casos, se não esgotam é por pouco. Outro fenómeno estranho em tempo de vacas muito magras... Ou então são todos como eu e vão encher o coliseu à borla.
P.S. É verdade. Por ser jornalista fui com acreditação de Imprensa. Caso contrário, como ser jornalista=a ser pobre, acreditem que não punha lá os pés. Pelo menos nesta altura do mês.

5 comentários:

Martinha disse...

... seduz mesmo... entao desde que ouvi a versao dela do Crazy (Gnarls Barkley), apaixonei-me pelo que eu queria ser...

Martinha disse...

opá... para a próxima ve se a letra fica um bocadito mais pequena (mas só um bocadito!)... Quase nao consegui ler!!! :P

MulherSemCabo disse...

Prontox... só para ti, a letra encolheu mais um bocadinho ;) (que mulher exigente, bolas!!!)

Vou-te explicar. No meu chaço, visualizo as letras num tamanho maior que o normal. E claro. Como sou burra, não sei alterar isso. Por isso, quando escrevi aquele texto, no meu monitor a letra aparecia a um tamanho porreiro, mas depois lá no da redacção a letra estava de facto bem pequenina...
Jocas.

Luísa disse...

Está decidido!
Por módicas quantias dou-te umas lições de blog, internet, firewalls e outros que tais!
Não queremos letrados semíticos!!

MulherSemCabo disse...

Olha, agora já a pessoa não pode ser franca e assumir as (própias) limitações (e tal), que vem logo a constelação estarolas querer chular a pessoa... já não basta o governo e a opep e a UE e a ONU e as OCDE e mais o IVA e o ISP e a BRISA e mais o IST (qu'a pessoa fuma) e mais isto e aquilooo... grrrrr....